sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Tenho que ir à igreja ou posso ouvir pregações online? Ouvindo a Palavra de Deus na Igreja Jonathan Leeman

Jonathan Leeman é o diretor editorial do 9Marks e autor de Reverberation: How God's Word Brings Light, Freedom, and Action to His People (Repercussão: Como a Palavra de Deus Traz Luz, Liberdade e Ação para Seu Povo) e Church Discipline: How the Church Protects the Name of Jesus (Disciplina Eclesiástica: Como a Igreja Protege o Nome de Jesus). 


Se a vida espiritual vem através da Palavra de Deus (Isaías 55:10–11; Romanos 10:17; Tiago 1:21; 1 Pedro 1:23), por que não deixar a igreja para lá, com todos os seus aborrecimentos e apenas dedicar-se ao estudo da Bíblia? Pense no tempo que você pouparia, sem mencionar os problemas relacionais. Ou, melhor, por que não baixar os podcasts dos três melhores pregadores a cada semana e ouvi-los? As chances são de eles serem melhores pregadores do que o velho pastor João da igreja do fim da rua. Posso ouvir um "amém"? 

Suspeito que muitos cristãos devem ter uma vaga ideia de que há algo errado nesse conselho. Mas o fato de que esperamos tão pouco de nossos pregadores em termos de exposição bíblica, o fato de que poucos preciosos segundos são dedicados à verdadeira leitura bíblica em nossas reuniões semanais, o fato de que mal pensamos em não ficar acordados nas noites de sábado para não adormecermos no meio do sermão de domingo, sugerem que nós não compreendemos realmente o vínculo estreito que há entre ouvir a Palavra na igreja e o nosso crescimento cristão individual e coletivo.

Para os iniciantes, a Palavra de Deus cria a igreja, e não cristãos avulsos. Forma um grupo de crentes que estão unidos por uma aliança em um Senhor, uma fé, um batismo, e uma remissão de pecados. "Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas". (Atos 2:38, 41; 4:4; 6:7). A Palavra de Deus na verdade cria as igrejas locais. Nela, você e eu somos unidos a outros cristãos, e a igreja local é o lugar no planeta terra onde demonstramos e praticamos a unidade gerada na Palavra. Portanto, você verá que o entendimento e a obra viva da Bíblia têm um maior benefício no contexto de membresia da igreja. 

Seguem sete motivos para que o nosso crescimento esteja centralizado no ouvir a Palavra de Deus no contexto da igreja local: 

 1. PELA OBEDIÊNCIA. O autor de Hebreus diz aos seus leitores, "Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima". (Hebreus 10:24–25). Como podemos animar e encorajar outros quando nós nos reunimos? Com a Palavra de Deus. É isso que vemos a igreja primitiva fazer—reuniam-se para ouvir e encorajar: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações". (Atos 2:42). 

 2. PARA RECEBER OS DONS DE JESUS. Paulo nos diz que depois que Jesus ascendeu aos céus, ele deu dons de pastores e mestres para sua igreja (Efésios 4:8– 11). Seus presbíteros são presentes. Eles são melhores do que qualquer presente que você possa encontrar em uma árvore de natal, porque com seus dons eles vão edificar a você e seus irmãos e irmãs em Cristo até que vocês alcancem a maturidade, unidade, e a medida da plenitude de Cristo (vv. 12–14). Pense nisso: Jesus o ama tanto que pegou um monte de homens pelo colarinho, os tirou de suas carreiras, e lhes disse para dedicarem suas vidas para servir você e seus amigos cristãos favoritos através do estudo e do ensino da Bíblia — toda semana. Você não fica maravilhado? E mesmo se o pastor famoso do podcast for um pregador melhor, ele não conhece a sua congregação e ele não está aplicando a Palavra a você como faria o velho pastor João. 

 3. PELAS ILUSTRAÇÕES VIVAS DA PALAVRA. Paulo escreve, "Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós". (Filipenses 3:17; 2 Timóteo 3:10–11). Paulo quer que os cristãos tenham palavras e ilustrem essas palavras. Precisamos de uma comunidade eclesiástica ao nosso redor para nos exemplificar a mensagem. Pastores, em especial, devem vigiar sua "vida e doutrina". 

 4. PELAS AMIZADES DIVINAS. Imitamos e seguimos os nossos amigos, adotando sua linguagem e padrões de vida. Gastamos dinheiro onde eles gastam dinheiro. Criamos nossos filhos como eles criam seus filhos. Oramos como eles oram. Os amigos de fora da igreja certamente são valiosos, mas as amizades que temos na igreja serão feitas pela mesma ministração da Palavra, dando-lhes a oportunidade de estender aquela ministração com mais atenção um sobre a vida do outro durante a semana. 

 5. PELO APRENDIZADO SOBRE COMO ALINHAR NOSSOS CORAÇÕES AO CORAÇÃO DE DEUS POR MEIO DA CANÇÃO. O cantar é uma atividade na qual a Palavra de Deus agarra nossos corações e alinha as nossas emoções e afetos com as dele. Portanto, as canções de uma igreja devem conter nada mais do que as palavras, paráfrases ou verdades das Escrituras. As igrejas cantam juntas porque isso nos ajuda a ver que os louvores, as confissões e as resoluções do nosso coração são compartilhados. Não estamos sozinhos. 

 6. PELO APRENDIZADO DA ORAÇÃO. Se Deus alinha nossos afetos e emoções à sua Palavra pela canção, ele nos ensina a alinhar nossas vontades e ambições à sua Palavra através da oração. Aprendemos a orar biblicamente ao ouvir a oração dos santos irmãos mais velhos. As orações do cristão entram em conformidade com as intenções da Palavra de Deus. Assim, vamos adorar, confessar, agradecer e pedir por coisas que a sua Palavra revela. 

 7. PELOS NÃO CRISTÃOS E PELO EVANGELHO. Pergunte a qualquer não-cristão o que aconteceu em uma reunião de igreja que ele tenha ido, e (esperamos que) ele ou ela relate que a Palavra de Deus foi discutida, e talvez tenha sido tocada (leia 1 Coríntios 14:24). Paulo lembra os gálatas de que eles receberam o evangelho quando Cristo foi publicamente exposto por meio da pregação como crucificado (Gálatas 3:1). A reunião centralizada na Palavra é onde Deus colocou uma embaixada entre as nações para declarar: "Jesus é o Senhor. Volte-se para Ele". Portanto, escute com atenção aos domingos. Faça anotações. Depois, discuta a passagem com sua família. Que suas orações sejam guiadas pelos pontos principais da pregação durante o resto da semana. Encoraje seus presbíteros com a oração. E, assim, agradeça a Deus por sua Palavra, sua igreja, e seus ministérios. Que presentes incríveis. 

 O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e /ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. 

Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel. De: 04/06/2013 

Por: Editorafiel *** (Extraído em 02/01/2016 do site:http://pregacaoexpositiva.com.br/publicacoes/tenho-que-ir-a-igreja-ou-posso-ouvir-pregacoes-onlineij/)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

JOVEM, COMECE CERTO – Pr. Samuel Vitalino

Os jovens precisam ser alertados que o começo de suas vidas adultas trarão consequências para o resto dos seus dias. Satanás e a sociedade querem que pensem que esta é a idade de errar mesmo, mas, ao contrário, essa é a hora de acertar!

 O Reinado de Acabe começou muito mal (I Reis 16:29-34), e todos os seus dias foram terrivelmente marcados pelos erros que cometeu logo no começo!

 I – Ele Casou Errado: “Como se fora coisa de somenos andar nos pecados de Jeroboão, tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbal, rei dos Sidônios”. 

 A escolha do cônjuge certo afetará toda sua vida. Não acredite na propaganda de que os relacionamentos são descartáveis, mas guarde o seu coração nessa área e não confie em si mesmo(a). 

 II – Ele Cultuou Errado: “E foi, e serviu a Baal, e o adorou. Levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificara em Samaria. Também fez um poste-ídolo…” 

 Os jovens gostam de mostrar rebeldia e, mesmo que continuem na igreja, muitas vezes são tentados a achar que há coisas antiquadas demais no culto. Mas saibam que Deus ordenou como gostaria de ser adorado. Ame o culto por causa do Senhor, e não porque ele é atrativo para você!

 III – Ele não Conhecia a Palavra: “Em seus dias, Hiel, o betelista, edificou a Jericó; quando lhe lançou os fundamentos, morreu seu filho primogênito; quando lhe pôs as portas, morreu seu último, segundo a palavra do Senhor, que falara por meio de Josué”. 

 A Palavra de Deus havia lançado essa maldição (Josué 6:26). Da mesma forma os jovens devem conhecer bem as palavras para começar bem, pois seus erros de agora, lhe custarão muito no futuro! O exemplo de Acabe certamente não deve ser seguido. 

Busquem conhecer a Escritura, amar o culto simples do Senhor e achar cônjuges que amem ao Senhor acima de todas as coisas. 

Se já errou em algumas dessas áreas, também não siga o exemplo de Acabe em persistir no erro, mas busque se acertar com o Senhor. 

Com Jesus, nunca é tarde demais para se fazer o que é reto, pois ele é perdoador, e sabe endireitar veredas tortuosas. Nele, somente, está a nossa esperança! 


 Compartilhado com permissão.

terça-feira, 24 de março de 2015

[Jugo Desigual – 01] “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos? Por quê?” por Simone Quaresma

by  | segunda-feira, 16 março, 2015 | Jovens Mulheres, Jugo Desigual, Namoro

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Nesta nova série de artigos procuraremos entender juntas o que a Palavra de Deus quer dizer quando nos dá esta ordem. Quais as esferas de nossas vidas são tocadas por ela? Como podemos não pecar contra o Senhor e como podemos nos manter puras no meio de uma geração tão perversa? Quais as consequências de desobedecermos deliberadamente esta ordem?
Antes de entrarmos na proibição propriamente dita, gostaria de elencar algumas questões que estão por trás desta ordem, que não é arbitrária ou sem motivo. Se entendermos a complexidade que há por trás dela, também entenderemos o cuidado de um Pai zeloso por seu povo, que não admite misturas, que não compactua com o pecado e que odeia qualquer transgressão de sua lei. O questionamento que muitos se fazem é: por quê? Por que não podemos manter comunhão com os incrédulos? Vejamos algumas razões pertinentes:
Porque existe uma grande diferença entre o ímpio e o crente
A primeira coisa que precisamos entender é a diferença de status que existe entre os filhos de Deus e os filhos do maligno. Não podemos esquecer que não existe time do meio, “café com leite” ou pessoas que são indiferentes para Deus. Ou eles são seus filhos ou são inimigos de fato. É assim que a Bíblia coloca aqueles que não temem ao Senhor! Não podemos contemporizar e fingir que não estamos entendendo. Na leitura de toda a Bíblia podemos ver claramente duas linhagens: a de Caim e a de Abel. A dos filhos de Deus e a dos filhos do Diabo. Os que serão salvos e os que serão eternamente condenados. Não temos como minimizar esta verdade: todos os que não foram regenerados pelo Espírito Santo de Deus, têm a ira de Deus sobre si. As Escrituras estão repletas de textos que nos mostram esta verdade. São tantos os textos, que tive dificuldade em separar alguns…
Antes de lermos alguns destes textos, gostaria que você se lembrasse do significado de algumas palavras. Quando a Bíblia fala em ímpios, perversos, impiedade e iniquidade, não está falando apenas de homens muito muito maus: assassinos, malfeitores, corruptos, ladrões e adúlteros. A palavra iniquidade significa qualquer falta de conformidade à Lei de Deus, aos seus mandamentos, expressos em toda a Bíblia. Portanto, não obedecer deliberadamente à Palavra de Deus faz de um homem, por mais honesto e moralmente bom que pareça, um iníquo, um ímpio, um perverso perante o santo Senhor e Juiz de toda a Terra. Lembre-se disso enquanto estiver lendo os versos abaixo e veja a clara ira do Senhor contra estes.
“Os ímpios, no entanto, perecerão, e os inimigos do SENHOR serão como o viço das pastagens; serão aniquilados e se desfarão em fumaça”. Salmos 37.20
“Quanto aos transgressores, serão, a uma, destruídos; a descendência dos ímpios será exterminada.” Salmos 37.38
“Os perversos serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus.” Salmos 9.17
“Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. Aquele que pratica o pecado procede do diabo… Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão.” I João 3.7-10 (Praticar a justiça= obedecer à Palavra de Deus!)
“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” João 3.36
“Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. João 3.18 (Lembre-se do que Tiago fala sobre crer em Deus. Este crer está relacionado a obedecer, não a acreditar somente, pois até os demônios crêem e tremem!)
“Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tiago 4.4 (ser amigo do mundo é pensar e viver não como Deus deseja, mas como o mundo anda)
“O caminho dos perversos é como a escuridão; nem sabem eles em que tropeçam.” Provérbios 4.19
Nos versos que se seguem, vemos ainda mais clara a separação que é feita entre aqueles que são do Senhor e aqueles que não são, entre os filhos e os bastardos, entre as ovelhas e os cabritos. Repare no contraste, na diferença de tratamento que Deus faz entre os seus filhos e os filhos da ira:
“Porque o SENHOR abomina o perverso, mas aos retos trata com intimidade.” Provérbios 3.32
“O caminho do SENHOR é fortaleza para os íntegros, mas ruína aos que praticam a iniqüidade.” Provérbios 10.29
Abomináveis para o SENHOR são os perversos de coração, mas os que andam em integridade são o seu prazer.” Provérbios 11.20
“O caminho do perverso é abominação ao SENHOR, mas este ama o que segue a justiça.” Provérbios 15.9
“O SENHOR está longe dos perversos, mas atende à oração dos justos.” Provérbios 15.29
Quando nos deparamos com estas verdades, somos obrigadas a reconhecer que não existe ser humano “neutro” diante de Deus. Ou eles serão justificados e escaparão da ira de Deus por causa do pecado, pelo sangue de Cristo, ou eles mesmos pagarão por seus pecados, não apenas nesta vida, mas eternamente no inferno. Por isso é impossível haver comunhão entre os filhos da luz e os filhos das trevas. Eles cogitam das coisas do mundo, eles vivem para agradar ao seu próprio ventre, para satisfazer os desejos da carne e em última instância, jazem no Maligno. Não amam a santidade e a justiça de Deus; não desejam ardentemente mortificar a carne e negar-se a si mesmos. Para eles, a Palavra de Deus é estorvo, seu mandamentos incabíveis, a forma de vida dos santos é motivo de piada.
Porque devemos ter aversão pela vida dos ímpios
Quando lemos atentamente o Salmo de número 1, somos apresentadas à mesma forma de contraste. A diferença entre a vida dos santos e dos ímpios. O salmista começa dizendo que feliz é o homem que não tem prazer na companhia do ímpio, antes o seu prazer está na Lei do Senhor e na sua Lei medita de dia e de noite. Comentando este trecho, Calvino diz o seguinte:
Começando com uma declaração que revela sua aversão pelos perversos, ele nos ensina quão impossível é para alguém aplicar sua mente à meditação na lei de Deus, se antes não recuar e afastar-se da sociedade dos ímpios… Para que vivamos plenamente conscientes dos perigos que nos cercam, necessário se faz recordar que o mundo está saturado de corrupção mortífera, e que o primeiro passo para se viver bem consiste em renunciar a companhia dos ímpios, de outra sorte é inevitávelque nos contaminemos com sua própria poluição. (O livro dos Salmos, pg 50)
Portanto, se desejamos nos santificar e manter nossa mente cativa aos ensinos do Senhor, se desejamos meditar na sua lei de dia e de noite, e delinear a nossa vida por ela, a companhia dos ímpios é um grande empecilho para isso.
A advertência do Salmo primeiro é seríssima. Ele nos mostra que a vida do crente é pautada pela lei de Deus, enquanto o ímpio cria suas próprias leis e obedece a seu coração enganoso e corrupto. É por isso que Davi declara: “Não tenho me assentado com homens falsos e com os dissimuladores não me associo. Aborreço a súcia de malfeitores e com os ímpios não me assento… quanto a mim, porém, ando na minha integridade…” (Salmos 26. 4-5 e 11)
Porque começaremos a viver como eles
Esta talvez seja a alegação mais forte do Salmista para que não nos associemos com os ímpios! Calvino explica isso de forma primorosa:
A suma de tudo é: os servos de Deus devem diligenciar-se ao máximo por cultivar aversão pela vida dos ímpios. Como, porém, a habilidade de Satanás consiste em insinuar seus embustes, de uma forma muito astuta, o profeta, a fim de que ninguém se deixe insensivelmente enganar, mostra como paulatinamente os homens são ordinariamente induzidos a desviar-se de seu reto caminho. No primeiro passo, não se precipitam em franco desprezo a Deus; mas, tendo uma vez começado a dar ouvidos ao mau conselho, Satanás os conduz passo a passo, a um desvio mais acentuado, até que se lançam de ponta cabeça em franca transgressão. O profeta, pois, começa com “conselho”, termo este, a meu ver, significando a perversidade que ainda não se exteriorizou abertamente. A seguir ele fala de “vereda”, o que deve ser tomado no sentido de habitual modo ou maneira de viver. E coloca no ápice da ilustração o “assento”, uma expressão metafórica que designa a obstinação produzida pelo hábito de uma vida pecaminosa(O livro de Salmos, pgs 51-52)
Esta é a progressão evidente! Primeiramente passamos a pensar como eles, depois tomamos as mesmas atitudes e por fim temos sua maneira de viver como a nossa maneira de viver!
Se já não bastasse a nossa própria corrupção natural e as investidas do mundo e de Satanás diretamente contra nós, na companhia dos ímpios somos ainda mais tentados e inflamados a nos parecer com eles. E é tudo tão absurdamente gradativo que o crente descuidado, aquele que não tem o seu prazer na lei do Senhor, mas na companhia de perversos pecadores, mal pode observar em quão distante têm ficado de Deus. A relação é inversamente proporcional: quanto mais tempo gastamos na companhia de homens que não amam ao Senhor, mais distantes de Deus e mais parecidos com eles nos tornamos! E note bem, esta não é a minha opinião! Isto é o que o Salmo primeiro nos ensina. Progressivamente passamos a admirá-los, a escutá-los. No começo, até relutamos em aceitar suas idéias, mas o convívio e a amizade vai nos fazendo amolecer e a nos tornar mais complacentes com seus pensamentos, até que por fim, passamos a praticá-los. Por este motivo o sábio Salomão notifica: “Não entres na vereda dos perversos, nem sigas pelo caminho dos maus. Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo…” (Provérbios 4.14-15) e também: “Não te associes com o iracundo, nem andes com o homem colérico, para que não aprendas as suas veredas e, assim, enlaces a tua alma.” (Provérbios 22.24-25). O alerta de que, certamente, passaremos a imitar seus pecados é claro!
Porque amamos e servimos a senhores diferentes 
Creio que até aqui ficou bem claro o abismo que existe entre os que têm o sangue do Cordeiro sobre os umbrais das suas portas e os egípcios! A distância eterna que separa os que tiveram seus pecados cobertos e não receberão a ira de Deus, daqueles que terão que responder por cada pensamento, cada palavra e cada atitude destoante da lei de Deus!
Há, porém, outro motivo para não desejarmos a destra de companhia dos ímpios: nós amamos senhores diferentes! Nós vivemos em mundos diferentes, desejamos coisas diferentes. Nós amamos ao Senhor e à sua lei. Estamos aqui nesta terra como peregrinos e forasteiros, mas nossos olhos estão fitos em Deus! Nosso alvo é Cristo, nosso rumo é o céu. Aspiramos uma pátria superior. Nada neste mundo tem valor para nós, se não nos faz chegar mais perto de Deus. Nosso viver é Cristo. O morrer? O morrer é LUCRO! Como podemos, então, desejar a parceria de alguém que despreza tudo que nos é tão caro? Como posso conviver de tão perto com alguém que só pensa neste mundo, que só deseja satisfazer a seus próprios apetites, que não tem a esperança da glória? Como dividir a vida com alguém que odeia Aquele que é a razão do meu viver? Como posso me associar com alguém que não se deleita em ouvir sobre as maravilhas das verdades de Deus? Como? Como? Se meu maior prazer e alegria nesta vida está relacionada ao Senhor e a tudo que envolve o Seu Reino, como poderia compartilhar a vida com alguém que despreza tudo isso?
Nossos Senhores são diferentes! Nós amamos e servimos o único e verdadeiro Senhor, eles, servem a ídolos falsos, amam o próprio ventre. Nós somos regidos pela Palavra de Deus, eles, por seus corações corruptos. Nós caminhamos para nos parecermos mais com Cristo; eles, cada dia se distanciam mais deste ideal e se afundam na lama do pecado. Nós seguimos para o céu; eles, para o inferno.
Continua…
2015-03-16
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simone* Simone Quaresma é casada há 25 anos com o Rev. Orebe Quaresma, pastor da Igreja Presbiteriana de Ponta da Areia em Niterói, Rio de Janeiro.
Professora de educação infantil, deixou a profissão para ser mãe em tempo integral de 4 preciosidades: Lucas (23 anos), Israel (22 anos), Davi (19 anos) e Júlia (17 anos). Ela trabalha com aconselhamento e estudos bíblicos com as mulheres da Congregação.


Extraído de: http://www.mulherespiedosas.com.br/jugo-desigual-1/ 

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Salmos 122

Pregação preparada pelo Pr. Alexandrino Moura
Leitura: Salmo 122
Texto: Salmo 122

Amada Igreja do Senhor Jesus Cristo,
O texto da pregação do sermão desta noite é o Salmo 122. Normalmente cantamos este Salmo no início do culto, logo após o voto – a nossa declaração de dependência do SENHOR que criou os céus e a terra. Quando lemos este Salmo, podemos sentir a alegria do salmista. O que causa essa alegria em Davi? Davi mesmo responde no início do Salmo: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR” (Sl 122.1). Que Casa do SENHOR é essa que Davi fala? É o templo do SENHOR! O lugar onde o povo de Deus foi convocado pelo SENHOR para adorá-Lo. Foi no Monte Sinai que Deus colocou o Seu trono para ser adorado pelo povo da aliança no Antigo Testamento. Foi no lugar determinado pelo SENHOR que o seu povo podia adorá-Lo da maneira que Ele determinou.

E este Salmo demonstra a alegria do salmista em querer ir à Casa do SENHOR. O que tem na Casa do SENHOR que causa essa alegria no salmista?
Eu vos proclamo a Palavra do Senhor no seguinte tema:

Tema: A Alegria do Cristão no Dia do Senhor
  • 1. Em ir à Casa do SENHOR
  • 2. Em orar pela Paz da Igreja
  • 3. Em se esforçar pelo Bem da Igreja
1. A Alegria do Cristão no Dia do Senhor, em ir à Casa do SENHOR
Irmão e irmã, você se alegra com esse dia – o Dia do Senhor? Como estava o seu coração quando você se dirigia a este local de oração, onde o povo de Deus se reúne? Você se alegrou por hoje ser o Dia do Senhor, e que você viria se reunir junto com o restante do povo de Deus neste lugar? O seu coração estava fervendo de alegria, e, por isso, você veio com disposição para cultuar a Deus? Você sente alegria porque vem assistir ao culto solene – à santa convocação do SENHOR? O que você sente quando vem à igreja? O que você veio fazer aqui? O que é o culto para você, conforme a Bíblia? Qual a importância do culto em sua vida? O que você recebe durante o culto? O que você busca neste momento?

Irmão e irmã, essas são perguntas importantes para serem respondidas por vocês, individualmente. O Salmo 122 responde à pergunta sobre o que esperamos receber em um culto a Deus. Davi sabe mais do que ninguém o que ele espera encontrar quando cultuava a Deus. O culto é a santa convocação solene do Deus da aliança. É nesse momento que o Deus da aliança quer se encontrar com o seu povo, de uma forma especial. E isso é o que torna o culto mais especial ainda. Davi sabe que vai encontrar Deus lá no templo. Por isso, ele disse: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR” (Sl 122.1). Esse era o motivo da alegria de Davi quando disseram para ele: vamos à Casa do SENHOR!

Antes de continuar, devemos voltar ao início da criação, do momento em que Deus criou o homem. Quando Deus criou o homem, este passou a viver diante de Deus. Não havia restrição alguma da parte de Deus ao homem. O homem podia estar na presença de Deus sem nenhuma dificuldade; podia falar com Deus, expor seus pensamentos, suas preocupações, porque vivia diante de Deus, na presença de Deus. Gênesis 3, diz que Deus vinha falar com o homem no final do dia, mostrando a ligação entre o Criador e o homem – Sua criatura.

Porém, quando o homem desprezou esta comunhão maravilhosa e quis seguir os seus próprios pensamentos, Deus não permitiu mais ao homem estar em sua presença. É isso o que nós vemos na queda do homem em pecado. O pecado é rebelião contra os mandamentos de Deus. O homem não ficou satisfeito com aquilo que recebera do SENHOR Deus. Em vez disso, ele preferiu dar ouvido às palavras de satanás. O homem tentou arrancar a coroa da cabeça de Deus para ele mesmo ser um deus. Mas, o resultado não foi o esperado. Quando ele percebeu que, o que fez, foi causar a ira de Deus, o casal se escondeu de Deus e tentou consertar tudo fazendo roupas com folhas. Adão e Eva não assumem o seu pecado, colocando, assim, a culpa um no outro. Como consequência da rebeldia, Deus expulsa o casal de Sua presença, deixando bem claro que eles não poderiam estar na Sua presença com seus pecados. Essa era uma realidade dura na vida de Adão e Eva. Eles agora têm que provar a tristeza e o sofrimento desta vida cheia de pecado; eles têm que enfrentar a morte física e a morte espiritual. Expulsos do Jardim do Éden e da presença de Deus, provaram um pouco do que é o inferno; o inferno é o lugar onde os pecadores recebem a ira de Deus contra os seus pecados; no inferno não há graça nem alegria; no inferno há ira e sofrimento. Pois o Deus gracioso não se faz presente na vida do pecador.

O Salmo 122, falando da Casa do SENHOR, nos lembra do êxodo do povo de Israel, quando Deus os conduzia durante o dia, com uma coluna de nuvem, e, à noite essa coluna de nuvem ficava envolvida em fogo. Assim, Israel sempre podia ver a presença de Deus acima deles. Mas não no meio do povo! Havia uma distância entre Deus e o povo, por causa do pecado. Por isso, quando Deus fez a aliança com Israel, no monte Sinai, prometendo ser o Deus de Israel, Ele também prometera que habitaria no meio do povo. Que viveria entre o povo de Israel. Porém, nós sabemos por meio das Escrituras, que isso não era possível, porque o pecado impediu que o homem ficasse diante de Deus. Por isso o povo ficou com medo quando o SENHOR desceu sobre o monte Sinai; os israelitas rogaram que Moisés falasse com o SENHOR em seu lugar, para eles não serem consumidos pelo SENHOR.

É nesse momento que vemos a graça de Deus na vida do povo de Israel. Ele sabe que o povo está cheio de pecado que ofende a Sua santa majestade. Ele sabe também que o povo não tem como, por si só, entrar em sua presença. Por isso ordenou a Moisés que construísse um tabernáculo para Ele habitar entre o povo. Deus está tomando providência para que Ele possa habitar no meio do seu povo, cumprindo a promessa que Ele fez. E tudo deve ser feito conforme a Sua vontade e não como Moisés achar melhor. O SENHOR ordenou a maneira dos sacerdotes se vestirem; como seriam os sacrifícios; como seria cada detalhe do tabernáculo; quantas salas teria o tabernáculo. O tabernáculo teria um pátio onde o povo deveria ficar, uma sala onde ficariam os sacerdotes realizando seu trabalho – chamado de Santo Lugar e também tinha outra sala depois da sala onde os sacerdotes ficariam – essa outra sala era chamada de Santo dos Santos. No Santo dos Santos ficava a arca do SENHOR – o trono de Deus. O Santo dos Santos era separado do Santo Lugar, por uma cortina que tinha bordada a figura de dois querubins, simbolizando que eles não permitiam ninguém entrar na presença do SENHOR. Apenas o sumo sacerdote entrava uma vez por ano, naquele lugar. Deus deixou bem claro que o homem não tem acesso à Sua presença; que ele precisava de alguém que lhe representasse diante d’Ele. Vocês devem lembrar o que aconteceu quando Moisés construiu o tabernáculo.

Vejamos o que diz a Palavra de Deus em Êxodo 40.34-35, quando o tabernáculo foi concluído: “Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo. Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porque a nuvem permanecia sobre ela, e a glória do SENHOR enchia o tabernáculo”. O SENHOR cumpriu a sua promessa de habitar no meio do povo. O tabernáculo era a morada de Deus entre o povo e, de uma maneira especial, o povo sentia a presença de Deus naquele lugar de adoração; o lugar onde Ele ordenou para o povo cultuá-Lo.

A mesma coisa aconteceu quando Salomão terminou a construção da Casa do SENHOR, ou Templo do SENHOR em Jerusalém. 1 Reis 8.10-11 diz: “Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma nuvem encheu a Casa do SENHOR, de tal sorte que os sacerdotes não puderam permanecer ali, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do SENHOR enchera a Casa do SENHOR”. O SENHOR tinha sua morada no meio do povo. O povo de Deus podia ver com seus próprios olhos a glória do SENHOR enchendo toda a Casa do SENHOR. Esse era um motivo especial, para o povo cantar de alegria. Porque, o Deus Santo que expulsou o homem de sua presença por causa do pecado, agora faz sua morada, estabelece a sua habitação no meio de pecadores. Isso é o que causa a alegria de Davi no Salmo 122.1 quando diz: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR”.

Deixe-me explicar melhor o porquê da alegria de Davi. O que causa a alegria de Davi quando dizem para ele: “Vamos à Casa do SENHOR”? Este Salmo tem como título: ‘cântico dos degraus’. Era um salmo que, provavelmente, era cantado quando estavam subindo para a Casa do SENHOR. E, no Dia do Senhor, você pode imaginar uma multidão de pessoas subindo para adorar ao SENHOR em sua Casa? Você pode imaginar as pessoas cantando entusiasmadas pelas ruas de Jerusalém em uma só voz?! Nessa caminhada à Casa do SENHOR, a multidão encontrava um israelita no caminho e o chamava para ir à Casa do SENHOR. Você pode imaginar, uma multidão se aproximando cada vez mais da Casa do SENHOR e vendo um prédio lindo, com seus muros altos?! Depois de subirem para a Casa do SENHOR, a multidão coloca seus pés na entrada da Casa do SENHOR, a morada do SENHOR no meio do povo, onde a Sua glória está, de uma forma especial. Então, a multidão entra no pátio da Casa do SENHOR. O que a multidão vê? O que você imagina? Um lugar lindo e um coral cantando? Pessoas sentadas, ouvindo a pregação da Palavra de Deus?

Não, a multidão vê outra coisa. Ela encontra o local cheio de animais que as pessoas estão trazendo. Os animais fazendo barulho, defecando e urinando; um mau cheiro intenso. Lá também não tem um púlpito onde há um oficial pregando. Lá tem um altar coberto de sangue. Ao redor do altar você pode ver o sangue escorrendo. O altar é o lugar onde as pessoas se dirigem a ele com seus animais. É onde levam os seus animais para serem oferecidos em sacrifício. Você pode ouvir o barulho que os animais fazem, na hora em que estão sendo mortos pelo sacerdote.

Era exatamente tudo isso que causava alegria em Davi; não porque ele gostava de matar animais, pelo contrário, era porque a morte de um animal significava reconciliação com Deus. Deus estava mostrando que um animal estava sendo morto como substituto do pecador, como sacrifício pelos pecados. Deus estava perdoando ao homem pecador e o reconciliando com Ele mesmo. Mostrando que o pecador, agora, poderia estar em Sua presença novamente. Em vez de Deus matar o pecador, matava o animal. Este é o evangelho que causava alegria em Davi em ir à Casa do SENHOR. Porque ele encontrava e recebia o perdão dos pecados. Porque lá, o SENHOR da aliança estava trabalhando para Davi poder se achegar a Deus novamente, já que o homem foi expulso da presença do SENHOR e não podia ficar em Sua presença.

Não era somente Davi que ficava feliz em ir à Casa do SENHOR. O Salmo 122.4 diz: “para onde sobem as tribos, as tribos do SENHOR, como convém a Israel, para renderem graças ao nome do SENHOR”. Este versículo diz que todas as tribos de Israel, todo povo do SENHOR subia à Casa do SENHOR para oferecer sacrifício pelos seus pecados e assim, ter a certeza de que Deus perdoou seus pecados.

Porém, todos nós sabemos que não eram os sacrifícios de animais que tiravam os pecados do povo. Não era o sacrifício de animais que reconciliava pecadores com Deus. Pelas Escrituras, ficamos sabendo que os sacrifícios no Antigo Testamento apontavam para o sacrifício de Jesus na cruz; para o derramamento do sangue do Cordeiro de Deus – Jesus Cristo! Através do sacrifício de Jesus, recebemos o perdão dos pecados e somos reconciliados com Deus. No Antigo Testamento, existia na Casa do SENHOR o Santo dos Santos separado do povo, mostrando que mesmo Deus habitando no meio do povo, ainda havia uma separação entre Deus e o povo. Porém, essa separação foi desfeita no dia da morte de Jesus Cristo, quando o véu do Templo se rasgou de cima até em baixo. A separação que havia entre o povo da aliança e Deus foi desfeita. É isso que diz Hebreus 10.19-22: “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura”.

Irmãos, quando estamos vindo nos reunir neste lugar como povo Deus, devemos estar mais alegres do que Davi. Por quê? Primeiro: não estamos vindo ao culto para oferecer sacrifícios de animais pelos nossos pecados. Porque Jesus Cristo se ofereceu na cruz do calvário como o nosso cordeiro e conquistou para nós o perdão dos nossos pecados. Por isso não precisamos mais oferecer sacrifícios de animais, pois o seu sacrifício foi perfeito.

Segundo: agora que Jesus pagou pelos nossos pecados, podemos nos aproximar de Deus novamente, por meio de Jesus Cristo. Podemos chegar diante do trono de Deus por causa de Cristo – o que não era permitido no Antigo Testamento.

Terceiro: hoje, a Casa do SENHOR não está em Jerusalém. Hoje, nós é que somos a Casa do SENHOR, o lugar da habitação do SENHOR. Ele habita agora em pecadores purificados no sangue de Jesus Cristo.
Por esses três motivos, devemos estar mais felizes do que Davi e o povo de Deus no Antigo Testamento. Porque nós temos a concretização das promessas do SENHOR Deus em nossas vidas.

2. A Alegria do Cristão no Dia do Senhor, em orar pela Paz da Igreja

Irmãos, o salmista diz: “Orai pela paz de Jerusalém!”. Por que devemos orar por Jerusalém? Muitas igrejas evangélicas ensinam que devemos orar, porque Israel ainda vai ser restabelecido à sua posição de povo de Deus novamente, pelo SENHOR Deus. Mas isso não é verdade, pois o apóstolo Paulo, na carta aos Romanos, afirma que Israel foi rejeitado pelo Senhor. Não é mais o seu povo. Então, como devemos entender esta afirmação de Davi para orar por Jerusalém?

Porque dentro dos muros de Jerusalém está a Casa do SENHOR! Como diz o verso 5 do Salmo 122: “Lá estão os tronos de justiça”. Era lá em Jerusalém – referindo-se à época do Antigo Testamento – que se reunia a Igreja do Senhor para louvá-Lo. Era lá que havia pregação da Palavra através dos sacrifícios. Era lá que as pessoas recebiam o perdão dos pecados. Recebiam esperança de viver livre da ira de Deus. Mais do que isso: é o lugar da habitação do SENHOR, o Deus da aliança.

Também é lá que vive o rei Davi e seus irmãos na fé. Por isso Davi está dizendo: “Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam. Reine paz dentro de teus muros e prosperidade nos teus palácios. Por amor dos meus irmãos e amigos, eu peço: haja paz em ti!” (Sl 122.6-8). Ele está rogando ao povo em tom de ordem, que ore pela Igreja do Senhor. Ore para que ela permaneça em paz e na graça do SENHOR e, assim, o SENHOR permanece derramando suas bênçãos na vida do povo. Ele pede que ore para que os seus irmãos sejam prósperos; para que dentro dos muros de Jerusalém haja paz; que não haja pecado na vida da Igreja; para que os irmãos se amem mutuamente. Davi aqui está preocupado com a paz dentro da Igreja. Ele está preocupado com a vida de cada membro da Igreja e, acima de tudo: com a glória do SENHOR Deus.

Irmãos, como Davi ama a Igreja do SENHOR! Como ele está preocupado com a vida espiritual dos irmãos e seus bens materiais!

E você, meu irmão e minha irmã, têm orado em sua casa pela vida espiritual da Igreja? Tem se lembrado dos seus irmãos em oração? Você tem se preocupado com a paz da Igreja de Cristo? Orado para que não haja pecado dentro da Igreja? Porque o pecado é o que tira a paz da Igreja. Quando há pecado na Igreja, há desordem; e desordem é falta de paz. Por isso, devemos dobrar nossos joelhos no chão e orar pela vida espiritual da Igreja e de cada membro individual. Não devemos ser crentes que não oram pela Igreja de Cristo; que não oram pelos nossos irmãos. Devemos lembrar sempre de orar em nossas casas – seja em família ou individualmente – pela Igreja e pelos irmãos. Devemos orar pelas necessidades de nossa Igreja. Orar pelas necessidades de nossos irmãos.

A oração pela Igreja é uma prática bíblica e ordenada pelo próprio Senhor. No Antigo Testamento, no Salmo desta pregação, encontramos Davi orando e pedindo pela paz e prosperidade para os irmãos; no Novo Testamento, vemos o próprio Senhor da Igreja – Jesus Cristo – orando pela Sua Igreja. Também mais tarde vemos os apóstolos orando pela vida da Igreja. Principalmente nos primeiros capítulos das cartas de Paulo enviadas às Igrejas.

Irmãos, o próprio Senhor nos chama a orar pela Igreja e pelos nossos irmãos. Será que nós vamos desprezar este mandamento do Senhor? Será que vamos ser crentes mortos, que não oram pela paz da Igreja? Se você não ora ou nunca orou pela Igreja de Cristo da qual você faz parte, arrependa-se! Dobre seus joelhos em terra e peça perdão ao Senhor, por não se importar com sua Igreja nem com seus membros. Comece hoje mesmo, em sua casa, a orar pela vida espiritual da Igreja e pelas necessidades que a mesma pode enfrentar. Ore também pela vida de cada membro, individualmente; ore pelas congregações; ore pelos visitantes de nossa Igreja, para que o Senhor Jesus Cristo alcance o seu coração, e ele viva para Cristo; ore por seus oficiais, para que eles façam um bom trabalho para o bem da Igreja de Cristo; mais ainda: ore pela sua própria vida, pedindo conhecimento da Verdade do Senhor; ore para que o Senhor mostre mais e mais a Sua glória a você, e que você viva mais e mais – a cada dia – diante do Senhor Jesus Cristo.

3. A Alegria do Cristão no Dia do Senhor, em se esforçar pelo Bem da Igreja

Irmãos, além de orar pela vida da Igreja, o que mais você faz por Ela? O Salmo 122.9 diz: “Por amor da Casa do SENHOR, nosso Deus, buscarei o teu bem”. O que você tem feito para buscar o bem da Igreja de Cristo?

Irmãos, todos temos a tarefa de buscar o bem desta Igreja de Cristo. Devemos zelar para que haja paz dentro desta Igreja. Por isso, não devemos ficar apenas em oração. Devemos trabalhar, para que a nossa comunhão cresça mais e mais; para que a nossa vida seja um bom exemplo de um cidadão do reino de Cristo, e evitarmos que falem mal de Cristo e de sua Noiva – a Igreja; devemos convidar nossos vizinhos e colegas a virem à Igreja e aprenderem acerca de Cristo; vamos falar também com nossos vizinhos sobre Cristo e das bênçãos celestiais que Ele tem para dar a todos aqueles que O servem.

Irmãos, devemos cuidar da Igreja de Cristo para que ela não seja destruída pelo próprio Senhor Jesus. Não devemos nos tornar uma Igreja morta espiritualmente. Devemos lutar para que sempre haja pregação fiel nesta Igreja. Pois se esta Igreja for destruída por Cristo, significa que todos nós também seremos destruídos juntamente com ela.

Por isso, se esforce para que o reino de Cristo cresça nesta localidade; se esforce para que não haja pecado que destrua a Igreja; se esforce para que nada tire a paz desta Igreja de Cristo.

Se fizermos isso, iremos provar das mais ricas bênçãos do Senhor Jesus Cristo em seu reino.
Amém.


(Texto extraído de: http://pregacaoreformada.org/antigo-testamento/item/257-salmos-122 )

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2014 - UMA OPORTUNIDADE DE DEUS PARA NOSSAS VIDAS!

Queridos amigos,

2013 está se despedindo hj e, em breve, pela Graça e Misericórdia de Deus, estaremos nos encontrando com o novo ano - 2014, cheio de surpresas, desafios, oportunidades, conquistas, alegrias, dificuldades e sofrimentos, também, por que estes fazem parte do processo de crescimento e amadurecimento que Nosso Deus tem preparado para cada um de nós, sem as quais, ficaria sem verdadeiro conteúdo e maturidade. Hoje completaremos, ao final desse dia, uma parte do ciclo desse processo em que, certamente, somos levados a avaliar onde podemos perceber os pontos em que fomos bem sucedidos e conquistamos a graça de galgar mais um degrau, as áreas onde ainda nos encontramos deficitários e necessitamos de maior empenho e envolvimento e aquelas onde escorregamos e nos vimos como que na estaca zero, não raro desanimando, mas podemos ter a certeza de que se 'o cair é do homem, o levantar é de Deus'...então, somo erguidos por Suas Mãos amorosas e postos no caminho, pois a nossa caminhada só acaba quando a estrada que nos foi reservada, por Ele, terminar...até lá, prossigamos, com nossos olhos NEle que nos concederá, se a Ele buscarmos, toda sabedoria e força, coragem e discernimento necessárias para cada dia, pois como é dito..'vivamos a cada dia o seu mal'. Amados, sabemos que 'TODAS AS COISAS COOPERAM CONJUNTAMENTE PARA O BEM DAQUELES QUE AMAM A DEUS,DAQUELES QUE SÃO CHAMADOS SEGUNDO O SEU PROPÓSITO' (Romanos 8:28). Então, depositemos, sempre, NEle nossa fé e esperança,descansando na confiança de que Aquele que começou a boa obra em nós, certamente a concluirá, para louvor de Sua Glória.


Queridos amigos e irmãos, sabemos que vivemos em tempos nada fáceis e, para alguns de nós, estes têm sido particularmente difíceis, penosos, inclusive. Sabemos que encontraremos, no ano que entra, dificuldades, lutas, oposições, feridas, barreiras, impedimentos de toda sorte, contudo temos por certo que ainda que os ventos soprem com desusado furor, as ondas pareçam nos querer submergir, as tempestades busquem fazer nosso barco ir à deriva e até soçobrar, as areias dos desertos nos fustigar e quase cegar-nos, buscando nos alijar da rota, e até, sob chuva intensa nos for negado o abrigo, Aquele que fez os ventos pararem, que andou sobre as águas, que deu vista ao cego, ouvidos ao surdo, pés ao que se encontrava paralisado no caminho e na vida, coragem e ânimo ao guerreiro que se via derrotado pela simples visão do inimigo, firmeza e fé diante das muralhas, que proveu alimento em abundância ao povo faminto e sequioso, que suscitou descendência ao que nada tinha como expectativa além daquele que o servia ou mesmo àquela que que sofria forte humilhação por não poder gerar filhos ou o perdeu, contemplando, então, seu futuro sem assistência e honra; Aquele que, ao pai desprovido de seu filho pródigo, o faz tornar aos braços, achado e encontrado vivo; sim, Aquele que proporcionou ao que nada era aos olhos de outros, nova oportunidade de vida, ou ao que vida nenhuma possuía, o milagre de chegar a ser, este mesmo Senhor da Vida, entregou Sua própria vida pelo HOMEM, destituído de Sua Graça e Glória, para que ao Seu Nome seja salvo e, com Ele esteja eternamente. Amados, temos não apenas ao Senhor como nosso salvador, Pai, Amigo, Pastor e Bispo de nossas almas, Ressurreição e Vida, Maravilhoso  Conselheiro, Príncipe da nossa Paz, Restaurador Fiel, e entre tantos Nomes, o temos - ou deveríamos ter - de fato e de direito, como Senhor de nossas vidas. 

Assim como todo marinheiro que se põe ao mar, todo soldado que vai ao campo de batalha, todo atleta que se apronta para a prova, todo agricultor que lança a semente, a firme esperança de frutos e dividendos, vitória e honra, conquistas e descobertas, temos, também, o compromisso de sermos fortes e corajosos,não por nossa propria força e capacidade, mas pela condição que Ele nos dá e a promessa da eterna alegria em Cristo, que pelo Seu Espírito, nos consola, conduz a toda verdade e convence-nos de nossas faltas e pecados. Fomos chamados e predestinados para Si e para sermos para Louvor de Sua Glória e é, por Sua exclusiva Bondade, Graça, Misericórdia, Direção, Sabedoria e Entendimento, Cuidado e Proteção que poderemos cumprir tudo o que de antemão nos reservou a fazer e chegarmos àquela morada eterna que nos preparou desde antes da eternidade, pois sabemos que, SEM ELE, NADA PODEMOS FAZER. Tudo o que pudermos sonhar, almejar, ser, realizar, alcançar, possuir, enfim, só o será verdadeiramente alegria e e conquista se O tivermos como a RAZÃO ÚNICA e ESPERANÇA ABSOLUTA, fora disso, somente vão, ilusório e infrutífero esforço, ainda que aparentemente satisfatório e lucrativo.                 
Amados, desejo, a todos, um abençoado Ano de 2014, cheio das Graças do Eterno e que cada uma de Suas boas Palavras recaiam com abundância sobre cada um de nós. "Ora Àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos o pensamos; a Ele seja a Glória na Igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo sempre" 

AMÉM! 

Porque DEle, por Ele e para Ele são TODAS AS COISAS! à Ele, pois, seja a Glória Eternamente!

***
Algumas referências...

Salmo 126, Efésios 3:20, Romanos 8:28, Romanos, Mateus 16:26, joão 15:5, Romanos 11:33-36, Isaías 9:6   

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Inversões

(Extraído do site: http://vozesdareforma-mmep.blogspot.com.br/)

Inversões

Era para ser igreja, mas virou empresa
Era para ser pastor, mas virou lobo
Era para ser luz, mas amou a escuridão
Era para ser Jesus, mas preferiu Barrabás
Era para ser pela Bíblia, mas enveredou pelo que dizem os homens

Era para ser sinal, mas já virou o fim em si mesmo
Era para ser testemunho, virou vergonha
Era para ser milagre, agora é rotina
Era para ser vibrante, ficou maçante
Era para ser sagrado, prostituiu-se
Era para ser caminho de cruz, agora é passarela de astros
Era para ser... não é 


Não é mais o lugar da simplicidade, agora tudo é escandaloso

Não é mais a sagrada comunhão dos fraternos, é o cansativo clube dos iguais
Não é mais o espaço da alegria, está vigiada pela suspeita da inveja
Não é mais pela força da unidade, é pelo tamanho numérico
Não é mais pela força do abraço, mas pela violência do braço
Não é mais a beleza de um judeu errante da Galileia, é a divindade disfarçada de pastor
Não é mais pela fé, é pela vitória financeira
Não é mais... não somos mais... deixamos de ser...


In-verso, a rima perdida na dor do não-ser

quinta-feira, 18 de abril de 2013

POR QUE SOU CONTRA AS BOATES GOSPEL?




Por Renato Vargens


Em quase todo o país tornou-se comum o aparecimento de boates gospel.

Usando do álibe da evangelização, inúmeros líderes evangélicos tem organizado o que 
chamam de "Night Song Gospel".

Nesta perspectiva é comum encontrarmos milhares de jovens dançando os mais famosos hits da música gospel. 

Em ambientes assim é comum encontrarmos globo espelhado, canhões de luz, estroboscópio e fumaça, os quais fazem parte de um contexto  especial onde  em nome de Deus, DJs e MC’s  embalam adolescentes e jovens em suas "danças" para Jesus. 

Há pouco vi uma faixa que convidava a juventude crista a participar de um evento deste nipe, onde o convite principal destinava-se a todos aqueles que desejassem sentir as "batidas de Deus em seus corações." 

Caro leitor, infelizmente em nome da contextualização e da necessidade de se modernizar a propagação da Palavra de Deus, tem sido comum por parte de alguns pastores e líderes evangélicos a utilização de estratégias diferenciadas na “evangelização”. Lamentavelmente a cada instante, movidos por poderosas revelações, novas e mirabolantes estratégias tem sido criadas na expectativa de arrebanhar para os apriscos da fé, um número cada vez mais significativo de jovens. E é pensando assim que eventos dos mais estranhos possíveis têm sido criados por parte da liderança evangélica neste país, como por exemplo, o aparecimento de boates e discotecas gospel.
Pois é, para alguns pastores, boates e discotecas tornaram-se “álibis” indispensáveis para se pregar “as boas novas” de Cristo Jesus. Na verdade, neste Brasil tupiniquim, cada vez mais em nome de uma liberdade cristã, os jovens abandonam a palavra e o discipulado bíblico em detrimento às festas e eventos que celebram efusivamente o hedonismo exacerbado de um tempo pós-moderno.

Caro leitor, confesso que fico estupefato com a capacidade evangélica de elucubrar sandices e fabricar heresias. Como já escrevi anteriormente, estou absolutamente perplexo e preocupado com os rumos da igreja evangélica brasileira. Isto porque, em detrimento do “novo” têm-se optado por um caminho onde se negocia o que não se pode negociar.

Talvez ao ler este texto você esteja dizendo consigo mesmo: " O pastor Renato caretou de vez! Será que ele não está entendendo que os jovens só virão a Cristo se oferecermos a eles entretenimento? Será que ele não compreende que a rapaziada precisa entender que não somos bitolados? Será que ele não consegue discernir que somos jovens e precisamos nos divertir?"

Charles Spurgeon, um dos maiores pregadores de todos os tempos, afirmou há quase 150 anos, que o adversário das nossas almas tem agido como o fermento, levedando toda a massa. Segundo o príncipe dos pregadores o diabo criou algo mais perspicaz do que sugerir à Igreja que parte de sua missão é prover entretenimento para as pessoas, com vistas a ganhá-las.

Spurgeon afirmou que a igreja de Cristo não tinha por obrigação promover entretenimento àqueles que a igreja visitava. Antes pelo contrário, o Evangelho com todas as suas implicações precisava ser pregado de forma simples e objetiva.

Hoje, quase 120 anos após a morte de Spurgeon, boa parte da igreja brasileira promove em suas liturgias estruturas lúdicas e leves onde de forma simplista e descontraída o “evangelho politicamente correto” é anunciado. Na verdade, ouso afirmar que mediante o pluralismo eclesiástico de nosso tempo, encontramos uma variedade enorme de igrejas que anunciam o evangelho de Cristo segundo o gosto do freguês.

Como já havia escrito inúmeras vezes não suporto mais a efervescência da graça barata, o mercantilismo gospel, a banalização da fé. Infelizmente, Sou obrigado a confessar que fico impressionado com alguns devaneios por parte do povo evangélico, até porque, no quesito criatividade alguns dos nossos irmãos têm conseguido se superar.

Com dor no coração sou obrigado a confessar essa gente não têm pregado o evangelho do reino. Antes pelo contrário, o evangelho o qual estes têm pregado é humanista, megalomaníaco e antropocêntrico.

Prezado leitor, ser protestante, não é somente se identificar com o protesto feito pelos reformadores contra a corrupção eclesiástica e o falso ensinamento católico do século XVI; é muito mais do que isso. Ser protestante, é viver debaixo de um avivamento integral, é resgatar os valores indispensáveis a fé bíblica através da Palavra, é proclamar incondicionalmente a mensagem da graça de Deus em Cristo Jesus.

O lema "Eclésia reformata, semper reformanda", deveria estar sempre ressoando em nossos ouvidos e corações, desafiando-nos à responsabilidade de continuamente caminharmos segundo a Palavra, sem nos deixarmos levar por ventos de doutrinas e movimentos que tentam transformar a Igreja de Cristo, num circo eclesiástico, nas mãos de líderes equivocados, que manipulam o povo ao seu bel prazer, tudo isso em nome de Deus!

Uma nova reforma já!

Soli Deo Gloria.

Renato Vargens

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013



Hoje é domingo e em todo Brasil um número incontável de pastores e pregadores subirão aos púlpitos de suas igrejas onde pregarão o Evangelho da Salvação Eterna. 

Isto posto, gostaria de oferecer a esse exército de ministros algumas dicas preciosas para a preparação, desenvolvimento e aplicação da mensagem:

1- Pregue para a glória de Deus. A motivação do ministro deve ser a glória do Senhor e não a  exaltação do seu próprio nome e ministério.

2- Evite o improviso. Suba ao púlpito convicto daquilo que irá falar ao coração daqueles que o Senhor os confiou.

3- Mate-se de estudar e ressuscite através da oração. O ministro que não dedica tempo ao estudo bíblico e a oração não vale um vintém.

4- Não caia na tentação de pregar um sermão politicamente correto. Pregue a Palavra de Deus! Pregue as Escrituras.

5- Você não foi chamado por Deus para promover entretenimento aos ouvintes. Você é um pregador do Evangelho. Anuncie Cristo, pregue Cristo e proclame as inexoráveis verdades da Palavra de Deus.

6-  Não seja superficial. Muito pelo contrário, seja profundo não suas colocações. Contudo, lembre-se que profundidade não está relacionado a  falar de modo difícil. Spurgeon por exemplo era profundo, todavia, qualquer pessoa que o ouvia conseguia entendê-lo.

7- Não pregue outra coisa a não ser Cristo Crucificado. Você não foi chamado para pregar técnicas de psicanálise, psicologia humana, ou auto-ajuda. Você não foi chamado para pregar outra mensagem a não ser o Evangelho de Cristo. 

8- A Bíblia deve ser a fonte da sua mensagem. Por mais interessante e profundo que seja um livro, a Biblia é a nossa única e exclusiva regra de fé, portanto, é dela  que devemos extrair e fundamentar nossos sermões.

9-  Cuidado com a arrogância. O púlpito é um lugar santo. Você não foi chamado para testesmunhar sobre os seus feitos e sim sobre a grandeza de Deus. Os puritanos tinham por hábito nunca relatarem no pulpito aquilo que faziam ou deixavam de fazer e sim expor as Escrituras.

10- Pregue com fogo e razão. Jonathan Edwards costumava dizer que o pregador precisa ter luz na mente e fogo no coração. 

11- Pregue com o coração enchargado pelo amor. O pregador que não ama não pode pregar o evangelho. O amor é um dos fundamentos da nossa mensagem. O pregador ama as pessoas por isso prega.

12 - Pregue exclusivamente a Palavra de Deus.

E por fim lembre-se: "O pregador não é um profissional; seu ministério não é uma profissão." (E.M. Bounds)

Pense nisso!

Renato Vargens

***

Matéria extraída de: http://renatovargens.blogspot.com.br/ 

Visite o site, vc será muito abençoado, com certeza!